
“Hoje, não é só Marine Le Pen que é injustamente condenada: é a democracia francesa que está a ser condenada”, denunciou Jordan Bardella, presidente do Reagrupamento Nacional (RN), o partido de Le Pen, em declarações citadas pelo "Le Monde", numa reação à condenação e respetiva pena, que impede uma candidatura às presidenciais de 2027.
Viktor Orbán, chefe de governo húngaro e homem forte do grupo de extrema-direita Patriotas pela Europa (presidido por Jordan Bardella), escreveu no X: "Eu sou Marine!".
O "Le Monde" cita ainda o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, que lamenta que a Europa esteja "cada vez mais" a seguir "o caminho da violação das normas democráticas". O responsável russo fê-lo durante o seu briefing diário, respondendo a uma pergunta sobre a condenação de Le Pen, alertou porém que a decisão é "um assunto interno de França"
Também o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, criticou, a “declaração de guerra de Bruxelas”, que considera ser o argumento da condenação de Marine Le Pen. "Quem teme o julgamento dos eleitores é muitas vezes tranquilizado pelo julgamento dos tribunais. Em Paris, condenaram Marine Le Pen e gostariam de excluí-la da vida política. Um mau filme que também vemos noutros países como a Roménia", disse Salvini, líder da Liga (extrema direita), em comunicado igualmente citado pelo diário francês.