
Edan Alexander, refém israelo-americano, já foi libertado pelo Hamas e entregue ao Comité Internacional da Cruz Vermelha. O exército de Israel também confirmou a libertação do jovem de 21 anos, esta segunda-feira.
Em comunicado, o Hamas disse que esta libertação "faz parte dos esforços contínuos dos mediadores para alcançar um cessar-fogo" e permitir a entrada de ajuda humanitária no território. O Hamas reiterou que "negociações sérias" levarão à libertação de mais reféns, mas avisou que a "continuação da agressão prolongará o seu sofrimento" e poderá mesmo matá-los.
Os meios de comunicação locais mostraram imagens de viaturas da Cruz Vermelha a dirigirem-se para o ponto de recolha de Edan Alexander na Faixa de Gaza, uma entrega que decorreu sem cerimónias públicas ou qualquer tipo de publicidade, ao contrário de libertações de reféns anteriores.
O Exército israelita confirmou que foi notificado pela Cruz Vermelha de que recebera um refém e que estava a caminho para o entregar na Faixa de Gaza. Posteriormente, indicou que "o soldado Edan Alexander atravessou a fronteira para território israelita".
Edan Alexander, de 21 anos, foi capturado durante o ataque de 7 de outubro, quando servia numa unidade de elite perto de Gaza. A 15 de abril, o Hamas declarou ter perdido o contacto com o grupo que mantinha o refém em Gaza na sequência de um ataque israelita.
Das 251 pessoas raptadas em Israel durante os ataques de 7 de outubro de 2023, 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
Hamas em negociações com EUA para trégua em Gaza
A libertação acontece como um gesto do Hamas em relação aos Estados Unidos, um dos mediadores do conflito entre Israel e o grupo islamita, após contactos com representantes de Washington.
Coincide também com a viagem hoje a Israel do enviado da Casa Branca para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e com a véspera do início da viagem do Presidente norte-americano, Donald Trump, a vários países do Médio Oriente.
No comunicado, o Hamas manifestou a sua disponibilidade para "iniciar imediatamente negociações para chegar a um acordo abrangente para um cessar-fogo sustentável", que incluiria a retirada do Exército israelita do enclave palestiniano, bem como "o fim do cerco", a troca de prisioneiros e a reconstrução da Faixa de Gaza.
"Instamos a administração Trump a continuar os seus esforços para pôr fim a esta guerra brutal travada pelo criminoso de guerra Netanyahu contra crianças, mulheres e civis indefesos na Faixa de Gaza", assinalou o Hamas.
Com LUSA