
O secretário da Defesa norte-americano disse que os Estados Unidos "não pretendem entrar em guerra" com o Irão, mas avisou que vão agir "rápida e decisivamente" caso os interesses dos EUA sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.
A missão, denominado 'Operation Midnight Hammer' (Operação Martelo da Meia-Noite) visou bombardeamentos a três grandes instalações do programa nuclear iraniano e não encontrou resistência iraniana, afirmaram Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Caine, numa conferência de imprensa conjunta no Pentágono para explicar a operação de sábado à noite.
A missão, segundo o líder do Pentágono, não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.
"A operação não teve como alvo as tropas iranianas ou o povo iraniano. Trump afirmou há mais de 10 anos que o Irão não pode obter uma arma nuclear, ponto final. Graças à sua liderança ousada e visionária e ao seu compromisso com a paz através da força, as ambições nucleares do Irão foram destruídas", disse Pete Hegseth.
Por sua vez, o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos deu conta que o objetivo da operação - destruir as instalações nucleares em Fordo, Natanz e Isfahan - tinha sido alcançado.
"Os danos finais de combate levarão algum tempo, mas as avaliações iniciais dos danos de combate indicam que os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves", disse Dan Caine.
Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, a operação envolveu sobretudo sete bombardeiros furtivos B-2, diretamente responsáveis pelo ataque às instalações de Natanz, Isfahan e, sobretudo, Fordo, que foi atingida pelas bombas de alta penetração 'Massive Ordnance Penetrator' (MOP GBU-57), na primeira utilização operacional deste tipo de armamento em combate.
A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como "isco", segundo o general.
A missão, que partiu de uma base no Missouri, foi a mais longa realizada por bombardeiros B-2 desde os ataques de 11 de setembro de 2001, acrescentou Caine.
EUA afirma que operação foi um êxito
O secretário da Defesa dos Estados Unidos afirmou que os ataques devastaram o programa nuclear iraniano e representaram um "êxito esmagador", numa operação que resultou de meses de preparação e que não visou tropas ou população do Irão.
Em conferência de imprensa no Pentágono, em Washington, Pete Hegseth disse que todos os envolvidos na operação "atuaram sem falhas", que os ataques demoraram meses e que estavam prontos há vários dias, aguardando apenas a ordem do Presidente Donald Trump.
"A ordem recebida foi concentrada, poderosa e clara. Devastámos o programa nuclear iraniano. É de reparar que a operação não teve como alvo as forças armadas ou a população", frisou Pete Hegseth.
"A operação planeada pelo Presidente Trump foi ousada e brilhante, mostrando ao mundo que a dissuasão americana está de volta. Quando este Presidente fala, o mundo deve ouvir", vincou Hegseth.
- Com Lusa