
O ex-juíz Hélder Claro acusa a Polícia Judiciária e o Ministério Público de atuação ilegal, por terem colocado um microfone no seu carro. O antigo magistrado garante que "a prova é nula" e enviou uma contestação ao Tribunal do Porto.
A investigação decorre no âmbito de um processo onde está acusado, com outros nove arguidos de corrupção, associação criminosa e angariação de mão de obra ilegal.
Hélder Claro é o principal arguido e vai ser julgado no Tribunal de São João Novo.
O que levou à expulsão do juiz Hélder Claro?
A investigação terá começado em 2020. Depois de apanhado em escutas telefónicas e de ter sido alvo de buscas, o juiz Hélder Elias Claro foi constituído arguido.
O magistrado nega a maioria dos crimes que lhe são imputados, mas já tinha sido expulso do Conselho Superior da Magistratura.
Na altura, Hélder Elias Claro não se limitava apenas a ser juiz no Tribunal de Vila Real de Santo António. Teria alegadamente participado noutras atividades, como negócios imobiliários e urbanísticos.
Mais grave do que isso, terá praticado uma série de crimes como branqueamento de capitais, corrupção, abuso de poder, prevaricação e até auxílio à imigração ilegal. Terá ainda recrutado bailarinas brasileiras para um bar de alterne.
O antigo magistrado está também acusado pelo Ministério Público de "liderar uma rede de cibercrime financiada por um homem apontado pela Polícia Judiciária como barão da droga do Porto", detido recentemente.