
Um fóssil com 62 milhões de anos revela agora novas informações sobre uma espécie enigmática descrita pela primeira vez há mais de 140 anos e sobre a qual, até agora, se sabia muito pouco: o Mixodectes pungens.
O esqueleto foi encontrado no estado norte-americano do Novo México e pesa cerca de 1,3 quilos. Trata-se, portanto, do exemplar de um adulto. Mas o que esta investigação vem revelar é a ligação - mais próxima do que se imaginava - aos humanos.
Segundo o estudo, publicado na terça-feira na revista Scientific Reports, estes mamíferos e os humanos ocupam ramos relativamente próximos na árvore evolutiva.
A descoberta coloca o Mixodectes como um parente próximo dos primatas e dos lémures-voadores, aproximando-o, também por isso, dos humanos.
Esta investigação vem ainda solidificar a ideia de que a principal fonte de alimentação desta espécie eram as folhas das árvores, que partilhavam com outros “parentes primatas primitivos”, explicou Stephen Chester, coautor do estudo.
Os investigadores revelam ainda que a anatomia dos membros e das garras do animal indicam que era capaz de se agarrar verticalmente aos troncos e ramos. Por sua vez, os molares tinham sulcos para quebrar material abrasivo.
Com Lusa