
Os líderes do G7 reúnem-se hoje no Canadá num contexto de guerra alargada no Médio Oriente e com uma agenda que poderá incluir uma conversa a sós entre os presidentes norte-americano e ucraniano.
A reunião, que termina na segunda-feira, decorre quando Israel e Irão se atacam mutuamente, depois de uma primeira ofensiva israelita sobre instalações do programa nuclear iraniano, na madrugada de sexta-feira, e sucessivos ataques retaliatórios de Teerão com mísseis contra cidades em Israel.
Depois de ter sugerido que o Canadá se integrasse nos Estados Unidos, Donald Trump vai estrear-se neste segundo mandato nas cimeiras das sete economias mais avançadas com a presidência rotativa do G7 nas mãos do vizinho do norte.
Terá como anfitrião o novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, que pretende evitar a todo o custo o que aconteceu na anterior cimeira do G7 organizada pelo Canadá, a de Charlevoix, em 2018.
Na altura, Trump abandonou a reunião antes de ela terminar, insultou o então primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau e ordenou que a assinatura dos Estados Unidos fosse retirada do comunicado conjunto final.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar como convidado e disse na quinta-feira que espera ter uma conversa com Trump à margem da cimeira.
Zelensky pretende convencer Trump a adotar novas sanções contra a Rússia, algo a que o líder norte-americano se tem mostrado até agora relutante.
Carney será também o anfitrião do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o que foi uma surpresa depois de Trudeau, o ter responsabilizado, no final de 2023, pela morte de um líder independentista 'sikh' que vivia no Canadá.
Além de Zelensky, Cláudia Sheinbaum (México) e Modi, Carney convidou para Kananaskis Anthony Albanese (Austrália), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Lee Jae-myung (Coreia do Sul) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).
Os membros do G7 - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá - reúnem-se anualmente para discutir questões económicas e geopolíticas mundiais.