O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse esta segunda-feira que já foram retirados cinco portugueses do Irão, transportados por terra para o Azerbaijão e para a Turquia, e que o Governo recebeu 130 pedidos de repatriamento de portugueses que estão em Israel, sendo estas duas as situações “mais complexas” no momento.

Em declarações aos jornalistas, o ministro explicou que a situação do grupo de 37 turistas portugueses que estão na Jordânia, e que criticaram as autoridades nacionais por falta de apoio, também está a ser tratada, não havendo “nenhum motivo de pressão especial”, uma vez que o espaço aéreo está aberto. “Esteve interrompido duas horas e, por isso, houve um voo que não pôde ser feito”, afirmou Paulo Rangel, dando conta de que é “errada” a informação de que o grupo não teve apoio do Governo, existindo um programa para a sua saída do país, devendo chegar a Portugal no dia 18.

O ministro detalhou que foram retirados quatro portugueses do Irão, por terra, para o Azerbaijão, a que junta um outro que tinha saído para a Turquia. Há ainda três expatriados que estão no país, “mas que têm meios próprios de regressar”, e outros dez portugueses que não pediram para sair.

Em relação ao repatriamento dos portugueses que ficaram sem voos e que estão em Israel, “alguns por turismo e outros por trabalho”, o ministro indicou que a operação para os trazer já está “em curso”, embora haja uma dificuldade adicional por “implicar deslocações rodoviárias grandes que têm riscos maiores do que se fossem feitas só por avião”.

O MNE continua a contactar portugueses em ambos os países, frisando a importância de os cidadãos fazerem o registo junto da rede consular sempre que viajam. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a recomendar desde o dia 7 de outubro de 2023 que os portugueses não viajem para estas zonas”, afirmou. “Temos pedido sempre que os portugueses se registem no nosso programa consular e que tenham os números de emergência consigo.”

Paulo Rangel indicou ainda que todos os portugueses que até agora pediram ajuda para sair “foram considerados na lista” e que outros que venham a contactar a rede consular também serão. As operações de repatriamento estão a ser feitas “em cooperação” com as autoridades de cada país.