Na lista de seis reféns israelitas que deverão ser libertados, no próximo sábado dia 22, pelo movimento extremista Hamas, está o nome de um cidadão com nacionalidade portuguesa. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pelo presidente da Comunidade Israelita do Porto (CIP).

"Israel acaba de anunciar a libertação, no próximo sábado, de seis reféns, entre eles Omer Shem Tov, que estava em processo de obtenção da nacionalidade e que já a terá obtido, segundo a embaixadora de Portugal em Israel", que o "confidenciou à família no final de janeiro último", referiu à Lusa Gabriel Senderowicz.

A libertação do "cidadão português" Omer Shem Tov "será uma grande alegria para a família de Omer, em especial o seu pai, Malki Shem Tov, que é cidadão português de pleno direito, por pertencer a uma família sefardita tradicional marroquina, com os sobrenomes Hassan e Eskenazi", acrescentou.

Segundo o dirigente da CIP, que certificou a origem sefardita, "há registos desta família no cemitério britânico da Estrela, em Lisboa, uma vez que alguns dos seus membros retornaram a Portugal depois da Inquisição".

Além das seis libertações previstas para sábado, quatro corpos de reféns devem ser repatriados na quinta-feira.

Desde o início das tréguas, a 19 de janeiro, foram libertados perto de 20 reféns em troca de centenas de prisioneiros palestinianos detidos em Israel. No total estimava-se que 33 reféns israelitas fossem libertados em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos durante as seis semanas iniciais da trégua.

Israel diz ter recebido informações do Hamas de que oito dos reféns foram mortos no ataque do Hamas, ou morreram mais tarde, já em cativeiro.

Nesta segunda fase do acordo, o Hamas diz querer libertar todos os reféns numa única troca

O Hamas está pronto a libertar todos os reféns israelitas que ainda se encontram na Faixa de Gaza de uma só vez, numa segunda fase das tréguas, após 15 meses de guerra, disse hoje um porta-voz do movimento islamita palestiniano.

"Informámos os mediadores que o Hamas está disposto a libertar todos os reféns de uma só vez durante a segunda fase do acordo, e não por etapas como na primeira", declarou Taher al-Nounou à agência noticiosa France-Presse (AFP).