
No Telegram, Mahmud Mardawi escreveu que o primeiro-ministro insiste em libertar apenas 10 reféns em vez de libertar todos os 50, vivos e mortos, de uma só vez.
"Há meses que Netanyahu manipula as famílias dos prisioneiros israelitas e menospreza os seus sentimentos. Insiste em selecionar apenas 10 nomes, ignorando os restantes, que poderiam ser libertados através de um acordo abrangente e único", denunciou Mardawi.
Mahmud Mardawi adiantou que Benjamin Netanyahu "estabelece condições impossíveis que garantem o fracasso de qualquer acordo" e "recusa-se a cumprir o que foi previamente acordado".
"Em poucas palavras, Netanyahu não quer um acordo", acrescentou o responsável do Hamas.
Esta declaração surge dois dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmado que um cessar-fogo na Faixa de Gaza seria possível na próxima semana.
"Acabei de falar com algumas das pessoas envolvidas. A situação em Gaza é terrível. Acreditamos que vamos conseguir um cessar-fogo na próxima semana", destacou, num evento para celebrar a assinatura do acordo de paz entre o Ruanda e a República Democrática do Congo, em Washington.
Donald Trump considerou que a cessação das hostilidades está próxima.
"Estamos a trabalhar em Gaza e a tentar resolver o problema. Estamos a fornecer muito dinheiro e muita comida àquela zona porque precisamos", acrescentou.
O conflito foi desencadeado em 07 de outubro de 2023, após um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 56 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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