
A Unidade Local de Saúde de Faro desmentiu, esta quinta-feira, as declarações de André Ventura e do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, sobre alegados incidentes de segurança no Hospital de Faro, onde o líder do partido esteve internado esta semana.
Segundo o Observador, o hospital garante que “não há registo de qualquer incidente de segurança antes, durante ou depois do atendimento hospitalar”, contrariando o que foi dito por Pedro Pinto e, hoje, pelo próprio André Ventura.
Ventura disse, esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas, que foi alvo de ameaças e que teve de ser colocado “numa sala com segurança à porta”. A mesma informação tinha sido avançada pelo líder parlamentar do Chega na quarta-feira. A unidade hospitalar desmente as duas versões e assegura que não existiram quaisquer medidas especiais de segurança associadas à presença de André Ventura.
À SIC, fonte oficial da PSP, referiu que não existe qualquer registo ou comunicação de uma tentativa de invasão ao hospital de Faro, contrariando a afirmação de Pedro Pinto de que várias pessoas tinham tentado invadir o Hospital de Faro. A polícia admite ter reforçado a presença no local e ter controlado os acessos, mas como medida preventiva, uma vez que tem estado a acompanhar e a monitorizar a campanha do Chega.
A ULS do Algarve esclareceu ainda, ao Observador, que o líder do Chega ficou num quarto isolado por questões de organização interna dos cuidados intensivos e não por causa de qualquer risco de segurança.
O hospital também aproveitou para corrigir outra declaração de Pedro Pinto, que criticou o encerramento das urgências em Tavira à noite. De acordo com a ULS, não existe sequer um serviço de urgência básica em Tavira.
As declarações de André Ventura, em que refere ter sido ameaçado de morte, geraram grande polémica. Hoje, antes de se voltar a sentir mal, o líder do Chega chegou mesmo a perguntar: “Queriam que os ciganos me matassem no corredor?”