
Nos últimos cinco anos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu 5033 inquéritos por crime de perseguição, avança o Público. Isto significa um aumento de 25% dos inquéritos por estes tipo de crime desde 2020.
Só em 2024, foram abertos 1128 inquéritos. Dois anos antes, em 2022, notou-se uma pequena descida com a PGR a registar 924 casos. A maioria das vítimas são do sexo feminino.
As situações de stalking (perseguição ou assédio permanente) também podem estar associadas a situações de violência doméstica. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou um aumento destes casos nos últimos anos, apesar do ligeiro decréscimo em 2024 onde identificou 1691 crimes deste tipo, segundo dados apresentados ao Público. Destes, 1500 incluíam situações de violência doméstica e 191 eram casos isolados.
Desde janeiro até agora, houveram cinco condenações por casos de stalking em Portugal, um deles associado a uma situação de violência doméstica, segundo um levantamento do mesmo jornal.
De acordo com a APAV, o stalking tem um grande impacto na vida das vítimas podendo aumentar os níveis de ansiedade, diminuir a qualidade do sono e ter implicações negativas nas interações sociais. Por isso, tanto a APAV como a GNR apelam às vítimas que apresentem queixa-crime contra os agressores, mesmo que não tenham conhecimento da sua identidade.