As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) acusaram esta quinta-feira o Hezbollah de ter violado o cessar-fogo, que teve início ontem, no Líbano.

"Na última hora, foram identificados vários suspeitos que chegaram em veículos a uma série de áreas no sul do Líbano, violando as condições do cessar-fogo. A IDF abriu fogo contra eles", revelaram em comunicado.

Já esta manhã o exército israelita indicou dez localidades do sul do Líbano que marcam a zona para onde os libaneses estão proibidos de viajar, ameaçando matar “qualquer agente armado” nesses locais.

O cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hezbollah no Líbano, que teve início esta quarta-feira, consistia em três fases: uma trégua inicial, seguida da retirada das forças do grupo xiita Hezbollah a norte do rio Litani; a retirada total das tropas israelitas do sul do Líbano no prazo de 60 dias e, por último, negociações entre os dois países para delimitar a fronteira, que corresponde atualmente a uma linha traçada pela ONU após a guerra de 2006.

Guerra no Médio Oriente: já morreram milhares de pessoas

Desde o início das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, em 8 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza na sequência do ataque do Hamas a Israel, mais de 3.800 pessoas morreram e mais de 15.800 ficaram feridas em ataques israelitas no Líbano.

A grande maioria das mortes, cerca de 3.100, ocorreu desde o início da campanha de bombardeamento maciço de Israel, em 23 de setembro, que afetou principalmente as comunidades do sul e do leste do Líbano, bem como os subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahye.