Tal como foi feito com o Parque de Santa Catarina, que deixou de ser um espaço aberto 24 horas por dia para passar a estar fechado no período nocturno, Cristina Pedra, presidente da Câmara Municipal do Funchal, admite que idêntica medida possa vir a ocorrer noutros parques/jardins da cidade. Nomeadamente no Jardim Municipal, face ao histórico de vandalismo que ali tem vindo a ocorrer.

“O Parque de Santa Catarina era um lugar, há 20 anos, proibido. Havia todo o tipo de iniciativas que nem sequer recomendava cá entrar. Não é o caso de outros espaços que nós temos, mas, em alguns deverão ser começados a pensar [vedar], até por vandalismo que tem existido”, admitiu, à margem da cerimónia do 20.º aniversário da Ludoteca do Parque de Santa Catarina. A autarca aponta o exemplo do Jardim Municipal do Funchal, “à frente do Teatro [Municipal Baltazar Dias]”, face ao número de ocorrências ali registadas contra o património botânico. “Plantamos, investimos imenso dinheiro em plantas, em reflorestação, e que vão lá e destroem”, justificou.

Reconhece que “não é fácil” vedar um espaço público e limitar o seu acesso à população, mas a prova que a medida pode ser a mais acertada é a realidade actual do atractivo Parque de Santa Catarina. Sustenta por isso que “não podemos também de deixar de pensar os prós e os contras”, na certeza que não será ainda neste mandato que o perímetro do Jardim Municipal possa vir a ter vedação.