
O cabeça-de-lista do JPP, pelo círculo da Madeira, à Assembleia da República, Filipe Sousa, defendeu este domingo a criação de uma Estrutura de Missão para apurar o custo de vida nas ilhas, classificando-a como "não apenas uma proposta inovadora" mas, sobretudo, uma "ferramenta única essencial para por fim às desconfianças persistentes sobre as autonomias da Madeira e dos Açores".
A declaração foi feita durante um encontro com a comunicação social no Caniço, no primeiro dia oficial da campanha para as eleições legislativas de 18 de Maio, data que coincide com o Dia da Mãe, efeméride que o candidato fez questão de assinalar, expressando "reconhecimento a todas as mães que todos os dias dão tanto de si aos filhos, à família, à sociedade", desejando que "nunca vos falte apoio, respeito e gratidão".
Segundo Filipe Sousa, esta é uma das "principais medidas" do seu projecto de candidatura. "Trata-se de uma proposta inédita que tem o propósito de acabar com as desconfianças sobre as autonomias e dotar a Região e o Estado português de um documento final produzido com critérios científicos, método, fiabilidade e objetivos para servir de suporte em futuras negociações com o Estado português e Bruxelas", explicou.
A proposta prevê que a Estrutura de Missão seja composta por deputados dos três parlamentos (República, Madeira e Açores), membros dos executivos e pessoas do sector académico ligadas às diferentes áreas, devendo o documento final ser concluído antes do término da legislatura.
O trabalho abrangerá diversos sectores da vida económica e social, respondendo a questões como o peso da mobilidade aérea e marítima no custo de vida dos madeirenses, o custo da habitação, o peso das facturas de electricidade, água e gás, os valores gastos pelas famílias na educação dos filhos, os custos de saúde para os insulares, o peso da carga fiscal, o custo dos bens essenciais e o valor dos salários por profissões.
Filipe Sousa ressalvou que este estudo "nada tem a ver com encontro de contas com o Estado", esclarecendo que o objectivo é comparar o custo de vida entre insulares e continentais das regiões norte, centro e sul. O candidato salientou que este é um estudo há muito necessário para fundamentar decisões políticas "baseadas em critérios técnico-científicos, verificados e comprovados, em vez de andarem sempre aos palpites".
O cabeça-de-lista do JPP afirmou que esta iniciativa "prova que o JPP é um partido diferente, que se apresenta perante o eleitorado com ideias distintas para resolver problemas que os partidos tradicionais, PSD e PS, têm arrastado na Assembleia da República".
Apelando ao voto no seu partido nas eleições de 18 de Maio, Filipe Sousa destacou que "o JPP é o único partido que nasceu na Madeira, feito por madeirenses e para os madeirenses, sem comandos de Lisboa nem interesses escondidos". Concluiu afirmando que o JPP "é a voz independente da nossa terra, livre das amarras dos partidos tradicionais que servem primeiro as suas direcções nacionais e só depois, quando convém, se lembram da Madeira. A nossa prioridade é, e sempre será, defender o que é nosso, as nossas gentes, as nossas necessidades, o nosso futuro."