
A organização salientou que milhares destas mulheres mortas eram mães, o que significa que deixaram órfãs "famílias devastadas", o que só serve para sublinhar o custo humano deste conflito.
Além disso, a ONU Mulheres lembrou que a situação atual se agravou muito depois de nove semanas consecutivas de bloqueio humanitário por parte de Israel, o que significa que as mulheres e as raparigas de Gaza, tal como os homens, estão a sofrer níveis catastróficos de fome e de deslocações forçadas constantes.
A esta situação acrescem problemas específicos das mulheres, como a total falta de mecanismos de proteção e segurança e o aumento das taxas de mortalidade materna, indicou.
A agência da ONU sublinhou que continua a trabalhar com organizações da sociedade civil lideradas por mulheres de Gaza para prestar serviços essenciais, mas "a magnitude do sofrimento excede em muito recursos e capacidades" da organização.
A ONU Mulheres é uma das agências das Nações Unidas visadas por Israel, que acusa todo o sistema da ONU de ser tendencioso a favor do movimento islamita palestiniano Hamas, uma afirmação a que nem o próprio secretário-geral António Guterres escapa.
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