O Presidente da República pediu este sábado respeito pelas instituições democráticas e bom senso, depois de o Chega ter colocado tarjas no Parlamento, na sexta-feira, em protesto contra o fim dos cortes nos vencimentos dos políticos.
"Em relação às formas de defender as ideias, as pessoas têm de ter em linha de conta o respeito das instituições e o prestígio das instituições", declarou o chefe de Estado.
Numa alusão à colocação de cartazes e tarjas nas janelas do Parlamento pelo Chega, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "qualquer português percebe, com bom senso, que seria impossível cada vez que há um ponto que é discutível na Assembleia República, numa lei qualquer, ou num Orçamento qualquer, de repente, houvesse campanha eleitoral".
Questionado se o Chega deve ser penalizado por esse ato, o Presidente da República contrapôs que "não é uma questão de legalidade, mas de respeito pelas instituições e, sobretudo, de saber utilizar formas que contribuem para prestigiar as instituições e não desgastá-las".
"E aí o bom senso é fundamental. Esse bom senso é às vezes mais importante do que a mera legalidade. É o bom senso das pessoas que deve comandar para que se recorram a formas de luta que sejam duras, que sejam contundentes, mas que não ponham em causa o prestígio da instituição" completou.
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que essa é a sua "opinião em geral" sobre o ato de se afixarem cartazes ou tarjas nas janelas do Parlamento.
"É a minha opinião em geral, pode aplicar-se ao partido A, B, C, D, E. Não é por acaso que isso não aconteceu em parlamentos europeus, genericamente, porque se entende que não é prestigiante", acrescentou.
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Com LUSA