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A associação Emergency Lawyers, que reúne juristas e monitoriza as violações dos direitos humanos no Sudão, afirmou na sua conta na rede social X que "as RSF atacaram civis desarmados, matando 200 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e ferindo outras centenas".
De acordo com a as agências Europa Press e France-Presse, esta Organização Não Governamental (ONG) falou de "um massacre" nas cidades de Al Kadaris e Al Jaluat, apontando que "os ataques incluíram execuções sumárias, raptos, desaparecimentos forçados e pilhagens".
As RSF não responderam ainda a estas acusações, que se juntam a outras sobre atrocidades cometidas pelo grupo durante a guerra civil que dura neste país africano há quase dois anos.
A Emergency Lawyers disse que "estes ataques brutais constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade", salientando que "as RSF são diretamente responsável por estas violações brutais contra civis desarmados".
Os confrontos entre os paramilitares das RSF de Mohamed Hamdane Daglo e o exército do general Abdel Fattah al-Burhane, dois antigos aliados que se tornaram rivais, fizeram dezenas de milhares de mortos.
Enquanto o exército controla o leste e o norte do Sudão, os paramilitares mantêm controlo sobre a quase totalidade do Darfur, uma vasta região no oeste do país onde vive um quarto dos 50 milhões de pessoas do país.
As agências das Nações Unidas indicaram que, desde o início da guerra civil, cerca de 12 milhões de pessoas foram deslocadas, 3,5 milhões das quais fugiram do Sudão.
Ao mesmo tempo, quase dois terços da população necessitam de ajuda de emergência, com regiões inteiras a enfrentar condições de fome.
MBA (MAV) // VM
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