O demissionário responsávelda Autoridade de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Maurício Melim, garante e reforça que não está interessado em qualquer projecto político, nomeadamente ser candidato independente à Câmara Municipal do Funchal (CMF), depois de ter sido noticiado (pela RTP-Madeira) que teria recebido contactos de forças políticas que não o PSD, partido do qual é militante, a assumir uma alternativa à maior autarquia da Madeira.

Maurício Melim que tinha o cargo na Autoridade de Saúde desde Outubro de 2023, publicou na sua página na rede social Facebook, para esclarecer tudo publicamente. "Começo esta publicação por agradecer a onda de solidariedade que recebi nos últimos dois dias. Se dúvidas houvesse, os anos de dedicação e empenho à causa pública foram reconhecidos, de forma ampla e transversal, pelas pessoas a quem dei sempre o meu melhor. Esta confiança é este capital público e pessoal é intangível e procurarei preservar", começa por frisar.

Garantindo ser "um defensor do primado da pessoa humana, do princípio da subsidariedade e de uma sociedade em que a equidade na redistribuição dos recursos seja uma realidade", lembra que "há mais de 40 anos" que escolheu "militar no PSD e assumi responsabilidades públicas, porque me identifico com os seus princípios, por isso neste momento, não estou disponível para assumir qualquer projeto político que não preconize os princípios da social-democracia, tal como não estive no passado disponível apesar de ter tido vários convites".

E acrescenta, para reforçar: "Não pode valer tudo quando as coisas não correm como queremos, esperamos ou sem a elevação que julgamos merecer. Reafirmo que não pretendo assumir Quaisquer desafios políticos."

Maurício Melim acredita que a Madeira, "na minha modesta opinião", deve "aproveitar o talento, a disponibilidade, o entusiasmo e o saber de uma nova geração que sinto que está preparada para assumir os desafios da Autonomia. A geração - que hoje lidera os destinos da Madeira - tem o dever ético de saber escolher os mais novos que emergem. Uma geração preparada com valores técnicos e cívicos para serem lançados como protagonistas para os desafios de amanhã", insta.

E ainda lembra que "nesta vida, a única coisa certa é a mudança, não há lugares vitalícios", pelo que apesar de "não estar disponível para assumir qualquer desafio político não me impedirá de levantar a voz de forma civicamente ativa e politicamente militante para bem da nossa Região, na defesa dos mais vulneráveis e na denúncia das injustiças que forem perpetradas", advoga.

E promete: "Continuarei a ser um Farol daquilo que sempre me definiu: a defesa da ética, integridade, transparência, correção e lisura para as outras pessoas, mas sobretudo quero estar bem com a minha consciência."

E ainda justifica porque o seu nome tem sido tão falado nos últimos dias. "Quis humildemente repor a verdade dos factos, ao ser afastado das minhas funções no âmbito da Saúde Pública, não pretendo ter protagonismo… entendo que o silêncio é o melhor sinal de poder e força… acredito que as ações falam mais alto que as palavras e a Grandeza de qualquer Ser Humano mede-se pela capacidade de servir e dar-se aos outros", conclui.