O Partido Socialista chamou ao Parlamento o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, para explicar como está a acompanhar o risco de deportação de milhares de portugueses que vivem nos Estados Unidos da América.

Pegando na notícia do Expresso em que a presidente da Immigrants Assistance Center, Helena Hughes, afirma que o plano de deportação em massa de Donald Trump deixa “milhares de portugueses em risco”,o PS apresenta este requerimento, tendo em conta, também, a dimensão da comunidade nacional no país.

“O plano de deportação massiva anunciado por Donald Trump é imoral e poderá ter consequências muito negativas para a comunidade portuguesa que vive e trabalha nos EUA”, aponta o requerimento, assinado pelos deputados socialistas Paulo Pisco e João Paulo Rebelo.

Daí que o secretário de Estado seja chamado: “torna-se especialmente relevante entender como avalia e está o Governo português a acompanhar esta situação, qual é a situação da comunidade portuguesa nos Estados Unidos, que diálogo tem existido com as autoridades norte-americanas e com as organizações e associações da diáspora portuguesa nos EUA”.

O PS pretende também colocar pressão sobre o Governo, perguntando quais “as medidas especiais de apoio ou planos de contingência está o Ministério dos Negócios Estrangeiros a desenvolver no sentido de garantir os interesses da comunidade portuguesa e lusodescendentes residentes nos EUA”.

José Cesário

Governo descarta risco, para já

Donald Trump toma posse esta segunda-feira como o 45º presidente dos EUA. Este fim-de-semana, José Cesário declarou à Lusa que, apesar de reconhecer que poderá haver um “ligeiro crescimento” nos casos de deportações, não antevê grande risco.

“Evidentemente, nós não estamos à espera, neste momento, que haja qualquer tipo de processo de deportações maciças. Poderá haver casos pontuais, como já acontece atualmente, mas com muita tranquilidade e calma, vamos fazer uma avaliação dessa situação à medida que as coisas forem acontecendo”, declarou o governante.

"Não estamos, neste momento, à espera que haja qualquer situação extrema de deportações em massa", garantiu o governante.