A secretaria-geral do Ministério da Saúde (SGMS) rejeita responsabilidade na greve do Instituto Nacional de Emergência de Médica (INEM), entre 31 de outubro e 4 de novembro de 2024. O contraditório ao relatório preliminar da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) realizou “indiretas imputações” que são “totalmente inadequadas” e “um dano reputacional” para a secretaria-geral, segundo o Diário de Notícias.

O relatório preliminar tinha indicado que o INEM não se preparou adequadamente porque o Ministério da Saúde ignorou os pré-avisos recebidos. Em resposta, a secretária-geral do Ministério da Saúde, Ana Pedroso, que assina o contraditório, critica o IGAS por estar a tentar colocar neste organismo responsabilidade sobre “funções” que não são exigidas por lei.

A direção do INEM disse, na altura, só ter tido conhecimento da paralisação de profissionais convocada em simultâneo por dois sindicatos no próprio dia. A SGMS contraria esta versão ao afirmar que os pré-avisos forma divulgados “amplamente” na comunicação social e “publicitados nos sítios” dos sindicatos.

No texto, é defendido ainda que o IGAS não tentou “qualquer contacto com a SGMS, após o primeiro pedido de documentos, para solicitar esclarecimentos ou informações adicionais”, de forma a “elaborar um Projeto de Relatório mais consentâneo com a legitimidade”.