
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou esta sexta-feira que “não houve uma deficiência nem no atendimento, nem na classificação, nem no encaminhamento e nem na chegada ao local” para onde foi encaminhada a grávida do Barreiro que perdeu o bebé. A mulher chegou ao hospital de Cascais 2h30 depois do pedido de auxílio via SN24 e 112.
À margem de um seminário sobre humanização dos cuidados da saúde, a ministra considerou que a utente “foi exatamente encaminhada para onde tinha de ser”, que era “o hospital que tinha, naquele momento, as condições de cuidados perinatais diferenciados.
Ana Paula Martins assegurou que a grávida "não passou por vários hospitais", tendo sido orientada para o hospital que estava disponível". Também afirmou que "os telefonemas que a senhora fez foram atendidos no tempo recomendado, a orientação do CODU foi feita, a senhora foi acompanhada, não só por uma ambulância hospitalar, mas também por uma VMER”. Sublinhou ainda que aquela mãe "não tinha referenciação" para qualquer hospital da Península de Setúbal.
O caso de uma grávida de 31 semanas que terá ligado para a linha Saúde 24, sem sucesso, e acabou por ligar para o 112, sendo acionados os bombeiros do Barreiro, foi avançado pela RTP.
Segundo a notícia, a grávida acabou por ser transportada para Cascais porque as urgências do Hospital S. Bernardo, em Setúbal, que deveriam estar abertas, encerraram por sobrelotação, uma situação negada pelo Ministério da Saúde.