Uma mulher nova-iorquina está a processar as "Girl Scouts of the USA", uma associação de escotismo feminino, por venderem bolachas que alegadamente contêm metais pesados e pesticidas e pede 5 milhões de dólares de indemnização.

De acordo com a ação coletiva, apresentada na segunda-feira em nome de Amy Mayo, as "Girl Scouts", a Ferrero e a ABC Bakers - as marcas que fabricam as bolachas - "produzem e distribuem produtos contaminados com metais pesados perigosos como o alumínio, o arsénico, o chumbo e o mercúrio, bem como pesticidas como o glifosato".

No litígio, Mayo citou um estudo de 2024 que testou 25 biscoitos vendidos em três estados pelas escuteiras e descobriu que 100% deles "continham pelo menos quatro dos cinco metais pesados".

"Por exemplo, Thin Mints continha 334 vezes mais glifosato do que é comummente aceite pelos cientistas, e 96% dos produtos continham chumbo", observou.

Produtos "são fabricados de acordo com todas as normas"

A queixosa sublinhou na ação judicial que o glifosato tem efeitos adversos para a saúde e pode provocar perturbações endócrinas e problemas digestivos e reprodutivos, enquanto o chumbo tem sido associado ao cancro e a perturbações neurológicas.

Em 6 de fevereiro, a organização respondeu ao estudo mencionado na ação judicial, realizado pela GMO Science e pela Moms Across America, afirmando que os seus produtos "são fabricados de acordo com todas as normas de segurança alimentar".

Na declaração, a organização afirmou que os metais pesados ocorrem naturalmente no solo e que o glifosato se encontra "em quase toda a cadeia alimentar".