
"Serei o presidente de todos, abraçando e servindo todo o povo", afirmou o Presidente, prometendo deixar para trás os confrontos ideológicos e recorrer a políticas úteis, "quer seja Park Chung-hee ou Kim Dae-jung", numa referência a dois antigos presidentes de orientação oposta.
Quanto à política externa, particularmente desafiante no atual contexto de transformação da economia e segurança mundiais, Lee Jae-myung, manifestou-se disposto a optar por uma "diplomacia pragmática, centrada nos interesses nacionais".
O novo chefe de Estado sul-coreano afirmou que irá reforçar a aliança com os Estados Unidos e disse que a sua estratégia de maximização dos interesses nacionais não exclui o diálogo com a Coreia do Norte.
"Procuraremos formas de coexistir com a Coreia do Norte", afirmou. "A verdadeira segurança é não precisar de uma guerra", afirmou.
No plano interno e na sequência da grave crise política desencadeada pela tentativa de imposição da lei marcial, prometeu "impedir quaisquer futuras tentativas de insurreição militar", como a que levou à destituição do seu antecessor Yoon Suk-yeol.
"As armas confiadas pelo povo foram utilizadas para declarar a lei marcial. Isso não pode voltar a acontecer. Responsabilizarei os culpados e assegurar-me-ei de que tal coisa não voltará a acontecer", prometeu.
Lee comprometeu-se a ativar uma equipa de resposta económica de emergência e a reativar o ciclo virtuoso de crescimento, apoiado pelo investimento público.
O novo Presidente anunciou investimentos em inteligência artificial e em novas indústrias, e disse que o seu Governo irá promover uma transição energética para fontes renováveis. "As alterações climáticas estão a ameaçar o ecossistema das pessoas", afirmou.
Lee Jae-myung comprometeu-se igualmente a reforçar a indústria cultural e transformar a Coreia numa potência de "soft power", mencionando o K-pop, os K-dramas, a K-beauty e outros sectores da marca "K".
"Vou tornar-me um presidente do povo. Os coreanos, quando nos tornamos um só, tornamo-nos fortes e podemos ultrapassar qualquer desafio", afirmou.
A cerimónia de tomada de posse teve lugar no interior da Assembleia Nacional (Parlamento), em Seul, num formato pequeno, com 360 participantes, incluindo líderes bipartidários, deputados e membros do Governo cessante, onde foi notória a ausência do principal candidato rival derrotado do Partido do Poder Popular (PPP), Kim Moon-soo, que também era membro do executivo cessante.
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