
O Papa pediu hoje "a entrada adequada de ajuda humanitária" em Gaza "com urgência", num telefonema com o presidente da Autoridade Palestiniana em que sublinhou "a obrigação de proteger a população e os lugares sagrados".
"Dada a dramática situação humanitária, foi sublinhada a urgência de prestar auxílio aos mais expostos às consequências do conflito e permitir a entrada adequada de ajuda humanitária", informou o Vaticano, citando Leão XIV.
O pontífice renovou ainda "o seu apelo ao pleno respeito pelo direito internacional humanitário" e enfatizou "a obrigação de proteger os civis e os lugares sagrados", bem como "a proibição do uso indiscriminado da força e da deslocação forçada de população".
Na conversa telefónica, os dois líderes discutiram "os recentes desenvolvimentos do conflito na Faixa de Gaza e a violência na Cisjordânia".
No domingo, durante a oração do Angelus, o Papa voltou a manifestar-se contra a violência no Médio Oriente, após o ataque israelita, na passada quinta-feira, à paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica em Gaza, que provocou três mortos e vários feridos.
No dia seguinte ao ataque, Leão XIV recebeu um telefonema do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no qual o Papa pediu um cessar-fogo e o fim da guerra em Gaza, bem como a proteção dos locais de culto e dos fiéis.
Durante a sua conversa com Abbas, o Papa recordou ainda o 10º aniversário do Acordo Abrangente entre a Santa Sé e o Estado da Palestina, assinado a 26 de junho de 2015 e que entrou em vigor a 02 de janeiro de 2016.
O acordo, assinado com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), determina o reconhecimento formal do Estado da Palestina pela Santa Sé e, entre outros aspetos, sublinha a necessidade de proteção dos lugares santos cristãos na Palestina.