O Parlamento ucraniano cancelou a sessão desta sexta-feira devido ao risco acrescido de um ataque russo, um dia depois de a Rússia ter disparado um míssil balístico, disseram vários deputados.
A sessão ordinária com a participação de funcionários do governo "foi cancelada", disse a deputada do partido presidencial Yevheniia Kravchuk à agência francesa AFP, confirmando informações de outros deputados.
"Há sinais de um risco acrescido de ataques contra o quartel-general do governo nos próximos dias", acrescentou a deputada do partido Servo do Povo.
As forças russas lançaram, na quinta-feira, um míssil balístico intercontinental - pela primeira vez desde o início da guerra -, um aerobalístico e sete mísseis de cruzeiro contra "fábricas e infraestruturas críticas" na cidade de Dnipro, no centro da Ucrânia, revelou a Força Aérea ucraniana.
As defesas ucranianas conseguiram abater seis dos sete mísseis de cruzeiro, mas não intercetaram o míssil aerobalístico (Kinzhal) nem o míssil balístico intercontinental, que são dois dos mais sofisticados do arsenal russo.
Segundo a Força Aérea ucraniana, os mísseis disparados não causaram danos "substanciais", mas fez, pelo menos, dois feridos.
O míssil balístico intercontinental não transportava uma ogiva nuclear, disse à Agence France-Press (AFP) uma fonte da Força Aérea ucraniana.
Anteriormente, as autoridades da região de Dnipropetrovsk, da qual Dnipro é a capital, relataram um ataque massivo que acusou danos a "uma infraestrutura industrial" na cidade.
Este ataque centrado no Dnipro ocorre depois de, pelo menos, os EUA, Espanha, Itália, Grécia e Portugal terem fechado as suas embaixadas em Kiev na quarta-feira devido ao perigo de um ataque russo massivo contra o território ucraniano.