
O vice-ministro chinês do Comércio, Ling Ji, disse hoje a representantes de empresas norte-americanas como a Tesla e a GE Healthcare que Pequim "sempre protegerá" os direitos das empresas com capital estrangeiro, face à guerra comercial desencadeada por Washington.
"A China tem sido, é e será um destino de investimento ideal, seguro e promissor para investidores estrangeiros", disse Ling, durante uma mesa redonda com mais de 20 empresas de capital norte-americano, em Pequim, segundo um comunicado difundido pelo Ministério do Comércio chinês.
Ling, que é também o negociador comercial adjunto da China, garantiu que o país asiático protegerá os "direitos e interesses legítimos das empresas financiadas por estrangeiros de acordo com a lei" e "promoverá ativamente a resolução dos seus problemas e exigências".
As declarações surgem semanas depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, ter recebido em Pequim os diretores executivos e quadros superiores das principais empresas europeias e norte-americanas, no âmbito da campanha do país asiático para reconquistar a confiança do setor privado e atrair investimento estrangeiro.
Sobre a guerra comercial, Ling afirmou que a raiz do conflito "está nos Estados Unidos" e acusou Washington de impor taxas "indiscriminadamente".
"A utilização de taxas alfandegárias contra todos os seus parceiros comerciais, incluindo a China, prejudica gravemente o sistema comercial multilateral", afirmou.
O responsável reiterou a condenação de Pequim às imposições do Presidente dos EUA, Donald Trump, e apelou a Washington para que regresse "ao lado correto do sistema de comércio multilateral".
"Esperamos que as empresas financiadas pelos EUA sejam racionais e tomem medidas práticas para manter a estabilidade da cadeia de abastecimento global em conjunto", disse.
Pequim lançou na passada sexta-feira várias contramedidas às taxas anunciadas por Trump.
As medidas de Pequim incluem taxas de 34% sobre produtos oriundos dos EUA, sanções contra empresas norte-americanas, restrições à exportação de certas terras raras ou a abertura de investigações antimonopólio e 'antidumping' contra empresas e produtos norte-americanos.