A polícia do condado de Nassau, em Nova Iorque, foi autorizada a abater os drones que há semanas sobrevoam partes do condado de Nassau e das regiões vizinhas de Nova Jérsia, Pensilvânia e Maryland.
"Se houver uma concentração maciça (de pessoas) em qualquer lugar e houver um drone que represente uma ameaça para elas, (os agentes) têm a autoridade, a jurisdição e o direito de o abater", disse o executivo de Nassau, Bruce Blakeman, numa conferência de imprensa.
O comissário da polícia do condado, Patrick J. Ryder, disse que a sua equipa inclui "30 dos melhores atiradores do país, atiradores de renome mundial, que podem acertar a 400 metros de distância".
O FBI e a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) recordaram nos últimos dias que disparar contra drones ou apontar-lhes lasers é um crime federal.
Questionado sobre o assunto durante a conferência de imprensa, Blakeman afirmou que a polícia sempre teve "o direito de impedir um crime que poderia resultar em grandes perdas de vidas ou danos em casas".
As autoridades deste condado de Long Island apresentaram à imprensa uma nova tecnologia que permite às forças da ordem detetar estes drones e segui-los para ver para onde vão.
Preocupações desde novembro
As autoridades norte-americanas anunciaram quinta-feira restrições aos voos de drones sobre infraestruturas sensíveis no estado de Nova Jérsia, onde os avistamentos de drones não identificados têm suscitado preocupações desde o final de novembro.
"A pedido dos parceiros federais de segurança, a FAA (autoridade reguladora da aviação norte-americana) emitiu 22 restrições temporárias de voo que proíbem os voos de drones sobre infraestruturas sensíveis em Nova Jérsia", refere em comunicado.
As restrições estão em vigor até 17 de janeiro, de acordo com o site da FAA, que não forneceu uma explicação sobre o calendário.
"Não existe qualquer ameaça para a segurança pública relativamente aos avistamentos de drones", reafirmou na sexta-feira o Departamento de Segurança Interna.
A decisão da FAA foi tomada por "cautela" depois de "parceiros de infraestruturas críticas (...) terem solicitado restrições temporárias de voo sobre as suas instalações", declarou o departamento num comunicado, sem identificar as instalações em questão.
Estes drones, que têm sido vistos há várias semanas no nordeste do país, suscitaram preocupações entre os residentes locais sobre um possível envolvimento estrangeiro e levaram a acusações de um alegado encobrimento por parte do governo dos EUA.
Com LUSA