De acordo com a informação prestada aos jornalistas pelo comandante distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gurué, centro do país, a detenção resultou de uma operação conjunta com o Serviço de Investigação Criminal (Sernic) e todos os suspeitos residem na localidade.

A operação culminou ainda com a "apreensão de 612 mil meticais [8.166 euros] de notas falsas, apreensão de material informático que usavam para o fabrico", disse José Quirimpeiro, comandante distrital da PRM em Gurué, reconhecendo que as denúncias sobre a falsificação de dinheiro naquela vila são recorrentes, embora, de "forma tímida", mesmo com a detenção dos suspeitos.

Os suspeitos assumiram as acusações, explicando que conseguiam reproduzir cerca de 130 mil meticais (1.735 euros), falsos, por dia, em notas de 1.000 (13,5 euros), 500 (6,7 euros) e 200 meticais (2,7 euros).

O Banco de Moçambique introduziu em 16 de junho de 2024 uma nova série de notas e moedas de metical adotadas para controlar a falsificação e inflação da moeda nacional.

Segundo o anúncio de então do governador do banco central, a nova série pretendia substituir progressivamente a que circulava desde 2006.

"Os bancos centrais tendem a fazer a revisão das suas notas e moedas em circulação a cada cinco anos, por forma a adequá-las às novas tendências de design, segurança e outros elementos contextuais", explicou na altura Rogério Zandamela, justificando que a instituição "decidiu pela revisão das notas e moedas do metical".

"A temática das notas e moedas do metical da série 2024 conserva presente a tradição do enaltecimento dos valores do nosso património cultural, histórico e faunístico", afirmou na mesma altura.

A nova série, lançada no dia do metical -- a moeda moçambicana foi lançada em 16 de junho de 1975 -, manteve as anteriores seis notas bancárias.

VIYS (PVJ) // JMC

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