A procuradora-geral do Arizona, a democrata Kristin Mayes, anunciou a abertura de uma investigação sobre uma possível "ameaça de morte" à ex-congressista conservadora Liz Cheney feita pelo candidato presidencial republicano, Donald Trump.
"Já pedi ao chefe da minha divisão criminal para começar a analisar essa declaração e verificar se ela se qualifica como uma ameaça de morte segundo a lei do Arizona", disse Mayes em entrevista à KPNC, afiliada local da NBC News em Phoenix.
"Não estou preparada neste momento para dizer se foi ou não [uma ameaça], mas não é algo útil quando nos preparamos para as nossas eleições e tentamos garantir a paz nas urnas e no nosso Estado", acrescentou.
Durante um evento na quinta-feira à noite, no Arizona, com o apresentador conservador Tucker Carlson, Trump sugeriu que Cheney deveria enfrentar um pelotão de fuzilamento pelas suas posições em política externa.
"Ela é um falcão de guerra radical. Vamos colocá-la ali com uma espingarda com nove canos apontados para ela, ok? Vamos ver como ela se sente em relação a isso, sabe, quando as armas estiverem apontadas à sua cara", disse o candidato republicano à presidência.
Cheney tornou-se a número três entre os republicanos na Câmara dos Representantes e foi uma das poucas que ousou enfrentar Trump durante o seu mandato, algo que lhe custou a sua posição no Congresso e o ostracismo dentro do partido.
A ex-congressista e o seu pai, o ex-vice-presidente republicano Dick Cheney (2001-2009), anunciaram o seu voto na candidata democrata, a atual vice-presidente, Kamala Harris.
Violência verbal de Trump "desqualifica-o" para a Casa Branca
A candidata democrata reagiu, afirmando que a violência verbal de Trump deveria "ser motivo suficiente para desqualificá-lo" na corrida à Casa Branca.
"Quem queira ser Presidente dos Estados Unidos e use este tipo de linguagem violenta não está capacitado para ocupar esse cargo", acrescentou.
Com Lusa