A Ferrari não está disposta a deixar a produção dos seus modelos sair de Maranello, em Itália. Quem o disse, foi o CEO da marca, Benedetto Vigna, que falava durante uma conferência em Nova York organizada pela “Reuters”.

Vigna comentava desta forma a possibilidade de a Ferrari considerar a transferência da produção para os EUA, depois do presidente eleito, Donald Trump, ter anunciado durante a campanha a imposição de tarifas sobre importações dos EUA, aos produtos de todos os países.

No entanto a Ferrari não parece incomodada com a intenção do novo presidente dos EUA, até porque ao contrário das marcas de volume, a procura por modelos da casa de Maranello excede a oferta, e normalmente, os seus clientes não são sensíveis a questões sobre os preços.

“A nossa carteira de pedidos é bastante forte”, disse Vigna na conferência. “O presidente decide o que fazer nos EUA, nós vamos lidar com as novas regras.”, acrescentou Benedetto Vigna que reforçou, “venderemos automóveis nos EUA, mas fabricaremos os nossos modelos em Maranello”.

Recorde-se que no início de 2024, a administração norte-americana liderada por Joe Biden uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos fabricados na China, acima dos 25% anteriores.

Na conferência da “Reuters”, Vigna reiterou ainda que a Ferrari vai apresentar seu primeiro modelo totalmente elétrico no quarto trimestre de 2025.