
O candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal do Funchal (CMF) denunciou, hoje, a "negligência" e a "inércia" do executivo autárquico do PSD/CDS, em relação à prometida reabilitação do Complexo Habitacional do Canto do Muro III, na freguesia de Santa Maria Maior.
Na sequência de uma conferência de imprensa no local, Rui Caetano, citado em nota de imprensa, lembrou que, na sequência do mau tempo ocorrido em 2023, o edifício sofreu danos estruturais que levaram a que, por questões de segurança, as 14 famílias (46 pessoas) ali residentes tivessem de ser retiradas das suas habitações e fossem distribuídas por outros empreendimentos da cidade do Funchal.
Como deu conta o candidato socialista, em Junho desse mesmo ano, após uma vistoria da CMF, o então presidente da autarquia, Pedro Calado, assegurou que as obras de reabilitação do prédio durariam um ano e que, depois, as pessoas poderiam voltar a casa.
"Passados dois anos, as obras nem se iniciaram", evidencia o PS, argumentando que tal comprova as críticas dirigidas ao executivo camarário PSD/CDS.
Rui Caetano recordou ainda que este prédio foi adquirido por quatro milhões de euros quando a autarquia era presidida por Miguel Albuquerque, mas, "poucos anos depois, apresentou logo problemas na estrutura", o que a seu ver "mostra que a câmara o adquiriu sem ter a garantia da sua qualidade e segurança para as pessoas".
Na mesma linha, o candidato do PS considera que "está provado que a habitação não é uma prioridade para a Câmara do Funchal do PSD/CDS”.
“Com tanta falta de habitação, vejam quantos apartamentos estão aqui à espera”, apontou, evidenciando também o facto de, "em quatro anos, a autarquia não ter sido capaz de construir as 202 casas que prometeu aos funchalenses".
Rui Caetano prometeu ainda que, "ao contrário do PSD, para o PS a habitação será uma prioridade para concretizar, para fazer”.
"Não basta pegar na habitação e colocá-la na propaganda e na demagogia, como o PSD costuma fazer. É preciso executar e resolver o problema das pessoas, não só as mais de 2 milque estão em lista de espera na Sociohabitafunchal, mas também encontrar respostas concretas e objectivas para todas aquelas famílias da classe média que não têm poder de compra e para os jovens que entraram agora no mercado de trabalho e não têm as mínimas condições para adquirir ou arrendar uma casa na cidade do Funchal”, rematou.