"Devemos continuar sempre a fazer uma pedagogia de que o voto é simples, de que o voto é fácil, de que não nos dá tanto trabalho quanto isso sair de casa e ir à secção de voto, fazer uma cruz num papelinho, ou não fazer se não quiserem fazer, dobrar em quatro e pôr na urna", referiu Rui Tavares, depois de ter sido abordado por um membro do Movimento Contra a Indiferença, criado em 2021 para combater combater a abstenção.

Depois de ter assumido pela primeira vez esta manhã de que pretendia disputar o quarto lugar com a Iniciativa Liberal (IL) nas eleições de 18 de maio, o dirigente do Livre insistiu que votar é muito mais simples do que determinados gestos diários.

"Se através do nosso voto nós conseguirmos um país melhor para nós todos estamos a fazer uma coisa simples que dá um resultado grande", salientou.

Rui Tavares assinalou que em muitos países os eleitores colam um autocolante a dizer `já votei´, após exercerem esse seu direito.

O porta-voz do Livre considerou que se tem deixado gerar o discurso do que "vamos para eleições outra vez ou o povo não quer eleições".

"Eu percebo todo o discurso acerca da instabilidade e da perturbação que isso gera na nossa democracia e nas nossas vidas, mas não devemos deitar fora o bébé com a água do banho e não devemos deixar que isso se confunda com um discurso anti-eleições e antidemocracia", alertou.

Também em declarações aos jornalistas, Paulo Sousa, do Movimento Contra a Indiferença, explicou que o objetivo é diminuir a abstenção no país, que é ainda muito alta, e impulsionar as pessoas a participar na vida política e a estarem informadas.

"Votar é a oportunidade que as pessoas têm para uma democracia cada vez mais forte e mais participativa", salientou.

Antes deste encontro com o Movimento Contra a Indiferença, Rui Tavares, que hoje está em campanha na terra natal do presidente da IL, Rui Rocha, cruzou-se não com ele, que também está em Braga, mas com Hugo Soares, da Aliança Democrática (AD).

As comitivas cruzaram-se num momento em que o Livre acabara de colar um cartaz no centro de Braga, situação que levantou uma questão de Hugo Soares: "Ainda vais a tempo?".

"Claro, vou perfeitamente a tempo", respondeu Rui Tavares, dizendo estar empenhado em eleger o primeiro deputado pelo círculo eleitoral de Braga.

"Se elegerem um deputado é à custa do PS", considerou Hugo Soares, quando, uma voz atrás de si, complementou dizendo que o Livre pode tirar o lugar "ao de Baião", referindo-se a José Luís Carneiro, que é natural de Baião e cabeça de lista pelo PS em Braga.

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