A Rússia acusou hoje a Ucrânia de tentar demonstrar força nas negociações ao realizar o maior ataque com ‘drones’ desde o início da guerra em 2022.

Segundo Moscovo, Kiev lançou um total de 337 'drones' contra várias regiões russas resultando na morte de três pessoas e ferimentos em cerca de outras 20.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo classificou a ação como um método “bárbaro” de Kiev para tentar demonstrar a sua capacidade de negociar a partir de uma "posição de força".

“Não há dúvida de que este ataque com 'drones' foi planeado previamente e está relacionado com a reunião entre a Ucrânia e os Estados Unidos sobre a resolução do conflito, agendada para hoje na Arábia Saudita” afirmou a diplomacia russa.

O ataque ocorreu horas antes de uma reunião entre delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos da América, onde uma possível trégua com a Rússia estaria em discussão.

MAXIM SHIPENKOV

O Kremlin sugeriu que a ofensiva estava diretamente ligada com esse encontro e interpretou-a como “um sinal peculiar" dirigido ao secretário-geral da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), que se encontra em visita oficial a Moscovo.

"A culpa deste ataque terrorista é claramente dos países que, de forma obstinada e irresponsável, continuam a fornecer armas letais à camarilha governamental de Kiev, permitindo-lhe assim cometer atos tão sangrentos", acrescentou a diplomacia russa.

A Ucrânia não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

Nos últimos meses tem intensificado o uso de ‘drones’ para atacar alvos no território russo.

Com LUSA