As esponjas da cozinha, embora essenciais para a limpeza, são a casa das bactérias. Um estudo, citado pela BBC, revelou que este objeto consegue acumular até 362 espécies de micróbios, com densidades bacterianas que podem chegar a 54 mil milhões por centímetro quadrado.

O autor da investigação alerta que se “trata de uma quantidade muito grande, semelhante ao número de bactérias que se encontraria numa amostra de fezes humanas”, cita o mesmo órgão de comunicação social.

Estudos indicam que as esponjas, devido à sua estrutura porosa e à humidade, favorecem o crescimento de bactérias, como salmonella, especialmente se forem usadas para limpar resíduos de alimentos crus.

Embora nem todas as bactérias encontradas sejam prejudiciais à saúde, algumas podem representar risco para pessoas com o sistema imunológico baixo.

"Nós só encontramos bactérias que podem ser perigosas para crianças, idosos ou pessoas com sistemas imunológicos baixos. (...) Normalmente, para uma pessoa saudável, as bactérias dentro da esponja da cozinha não são prejudiciais", explicou o autor do estudo, Markus Egert, microbiologista da Universidade de Furtwangen, na Alemanha.
"A grande maioria das bactérias presentes não causam doenças, apenas vão fazer com que a esponja cheire mal", acrescentou a professora de segurança alimentar da Prairie View A&M University, nos EUA, Jennifer Quinlan.

Segundo a BBC, os especialistas recomendam substituir as esponjas semanalmente para garantir a higiene adequada, mas se optar por lava-las na máquina de lavar louça, ou a colocá-las no microondas durante um minuto até conseguir ver o vapor, vai matar a maioria das bactérias. No entanto, a eficácia dessas medidas pode diminuir ao longo do tempo, uma vez que as bactérias podem tornar-se mais resistentes.

Os especialistas alertam ainda que as escovas são opções mais higiénicas, não só porque contém menos bactérias, como são mais fácil de limpar.