
A Câmara Municipal de Santa Cruz solicitou formalmente à APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, uma intervenção urgente no espaço situado sob a placa do Aeroporto da Madeira, junto à Via Rápida, uma zona amplamente utilizada como acesso ao mar, apesar de não ser classificada oficialmente como praia ou zona balnear.
Em ofício datado desta quarta-feira, 30 de Julho, e assinado pela presidente do Município, Élia Ascensão, a autarquia alerta para situações que considera “insustentáveis” e que requerem solução imediata.
Em causa está o encerramento continuado das casas de banho públicas já existentes no local, cuja abertura é considerada fundamental face à elevada afluência de banhistas, sobretudo famílias: "Essa zona, criada pelo Governo Regional, carece das respetivas infra-estruturas de apoio, sendo que uma das condições mínimas seria a existência de sanitários que possam dar resposta às imensas famílias que escolhem aquele local para fazer praia. Não se entende, por isso, que existindo já os sanitários estes se mantenham fechados."
O Município, que já assegura a limpeza, varredura e recolha de resíduos três vezes por semana, mostra-se ainda disponível para reforçar os seus esforços, propondo-se a assumir a limpeza dos sanitários e a instalar novas papeleiras na zona.
No mesmo documento, a autarquia propõe incluir a área em causa no seu Plano Municipal de Controlo de Pragas, "permitindo assim acções específicas de controlo de pragas, de forma a garantir condições adequadas de higiene e segurança para todos os que frequentam o local".
A presidente da Câmara relembra ainda que o Porto de Recreio, localizado naquela zona, foi destruído por uma intempérie e continua sem reabilitação desde 2015. Embora em 2021 tenham sido anunciadas obras no valor de 333 mil euros, apenas foi realizado "o reforço dos pilares da Via Rápida", mantendo-se o restante espaço em “constante degradação”, numa área vizinha ao aeroporto e porta de entrada da Região.
A missiva enviada à administração portuária faz um apelo à “cooperação institucional activa” para garantir a qualidade da infra-estrutura e do serviço à população.