Ojulgamento de Sean 'Diddy' Combs, um dos mais bem-sucedidos magnatas do rap, começa esta segunda-feira, no Tribunal Federal de Manhattan, em Nova Iorque. O músico foi detido em setembro do ano passado e acusado de ter utilizado o seu 'império' para gerir uma rede de tráfico sexual violenta.

Este é um dos julgamentos mais aguardados do ano nos Estados Unidos. Diddy, como é mais conhecido, será julgado no âmbito de um processo que poderá levá-lo à prisão perpétua.

Detido há oito meses, é alvo de mais de uma centena de queixas por violência sexual no âmbito civil, que o o artista nega ter acontecido.

O fundador da Bad Boy Records está a ser julgado por tráfico para fins de exploração sexual, transporte de pessoas para fins de prostituição, rapto, corrupção e violência.

No centro das investigações estão alegados eventos conhecidos como "freak-offs" – maratonas sexuais que envolviam uma elevada quantidade de drogas – que terão acontecido durante vários anos.

De acordo com a acusação, as festas podiam durar vários dias e os participantes chegavam a fazer a reposição de fluídos através de injeções devido à exaustão. Estas “freak-offs” seriam gravadas e os vídeos usados chantagear, intimidar e controlar os participantes.

Apesar de se falar em cúmplices, o artista é o único acusado formal neste processo.

O advogado de defesa, Marc Agnifilo, argumenta que todas as relações foram consensuais e descreve o estilo de vida do artista como "libertino".

A cantora Cassie, ex-companheira de P. Diddy e uma das primeiras a denunciá-lo publicamente, será uma das testemunhas mais aguardadas. Em 2023, uma queixa civil da artista - que incluía acusações de violação e anos de abuso – desencadeou uma avalanche de novas denúncias.