O desmoronamento ocorreu quando a locomotiva de um comboio de mercadorias passou por cima da ponte e se incendiou, disse o governador de Kursk, Alexandr Khinshtein, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O maquinista ficou ferido numa perna, mas não há outras vítimas apesar de a ponte ferroviária ter caído sobre uma estrada.

No caso da ponte na região russa de Bryansk, em que morreram sete pessoas, o governador local, Alexandr Bogomaz, atribuiu hoje o incidente a um atentado.

"A ponte explodiu quando o comboio Klimov-Moscovo, que transportava 388 passageiros, estava em funcionamento. De momento, sete pessoas morreram", disse Bogomaz à televisão russa.

O governador acrescentou que 47 pessoas foram hospitalizadas, incluindo três crianças, após o descarrilamento da locomotiva e de quatro carruagens.

O senador russo Andrei Klishas, colaborador próximo do Presidente Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de ter sido responsável pela explosão da ponte em Bryansk.

"O rebentamento da ponte e o acidente com o comboio de passageiros em Bryansk falam do facto de a Ucrânia ser dirigida por uma organização terrorista", escreveu Klishas nas redes sociais.

Klishas disse que a Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022, "há muito que perdeu as características de um Estado e tornou-se num enclave terrorista, sem fronteiras, sem órgãos legítimos e sem lei".

"A resposta é uma faixa de segurança tão ampla que excluiria a futura incursão de terroristas no nosso território", afirmou.

Klishas apelou para uma maior segurança no transporte ferroviário nas regiões fronteiriças, porque, segundo alegou, enquanto existir um "enclave terrorista" como vizinho, será "muito difícil" excluir tais tragédias.

Putin disse em fevereiro de 2022 que um dos motivos para a invasão da Ucrânia era o de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território da Ucrânia.

A guerra já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares de ambos os lados.

A Rússia propôs à Ucrânia a realização da segunda ronda de conversações de paz em Istambul na segunda-feira, mas Kiev ainda não confirmou a sua presença.

A Ucrânia argumentou que Moscovo não cumpriu o compromisso de enviar previamente o memorando de acordo e as condições para um cessar-fogo.

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