
O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) promoveu, esta tarde, um plenário geral com os trabalhadores dos Horários do Funchal, no qual foi discutida a falta de resposta do Governo Regional às reivindicações destes trabalhadores e, caso não haja contacto até 3 de Junho, o sindicato admite avançar com uma greve de 48 horas.
Estamos disponíveis. Se o Governo quiser reunir connosco no dia 3, teremos o maior gosto em resolver o problema. Mas deixamos claro que, se até lá não houver qualquer resposta, iremos convocar uma greve de 48 horas, em data a anunciar Manuel Oliveira, Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT)
"Pedimos desculpa a todos os utentes dos Horários do Funchal pelos incómodos causados. No entanto, isto apenas responsabiliza o Governo Regional, que entende não ouvir nem respeitar os trabalhadores", declarou Manuel Oliveira.
Segundo o dirigente, o sindicato solicitou uma reunião com o executivo madeirense no dia 16 de Abril, logo após a tomada de posse do novo Governo, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta. "Isto só demonstra uma coisa, que o Governo Regiona está a ignorar os trabalhadores dos Horários do Funchal e, ao fazê-lo, está a prejudicar conscientemente todos os madeirenses, especialmente os funchalenses que necessitam de transporte público", frisou.
Manuel Oliveira recordou ainda que, durante a campanha eleitoral, vários partidos políticos, "incluindo PSD, CDS, PS e JPP", reconheceram as reivindicações dos trabalhadores e prometeram dar prioridade às suas questões laborais. Entre eles, o dirigente destacou o compromisso assumido pelo próprio presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
"Os compromissos foram feitos para serem honrados. Os trabalhadores dos Horários do Funchal não podem ser lembrados apenas nas eleições ou nos aniversários da empresa. Merecem respeito todos os dias", sublinhou.