O homem que foi detido por suspeitas de tentar assassinar Donald Trump no domingo, num campo de golfe na Flórida, foi acusado esta segunda-feira de dois crimes relacionados com posse ilegal de arma de fogo.

Segundo o Washington Post, Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi acusado de posse de arma de fogo e também de posse de arma de fogo com número de série apagado.

Ambas as acusações implicam crimes federais e, caso seja considerado culpado pelo primeiro, Routh pode ser condenado a 15 anos de prisão efetiva. Ainda não se sabe se o suspeito será acusado por tentativa de homicídio contra Donald Trump, embora, no domingo, as autoridades policiais tivessem indicado que o suspeito tinha sido detido precisamente por tentar assassinar o ex-Presidente.

Isto porque, segundo aponta o New York Times, as autoridades ainda estão a tentar apurar se Routh disparou, de facto, algum tiro. O homem – que fez parte de uma campanha para tentar recrutar soldados afegãos para combater na Ucrânia, contra a invasão russa – foi avistado pelos Serviços Secretos norte-americanos no campo de golfe onde Donald Trump estava a jogar, durante a tarde de domingo, e a equipa de proteção de Trump disparou contra Routh, que escapou.

Um pouco mais tarde, Ryan Wesley Routh acabou por ser detido enquanto conduzia, e o xerife local confirmou à imprensa norte-americana que Routh “não estava armado” quando foi travado.

Em resposta ao suposto ataque contra o seu antigo rival, Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, reconheceu que os Serviços Secretos precisam de mais meios, agradecendo “a Deus” por Trump estar bem de saúde.

Os Serviços Secretos já estavam no centro das atenções após uma tentativa de assassinato contra Trump, em julho, quando o ex-inquilino da Casa Branca foi baleado na orelha durante um comício na Pensilvânia.

A então líder da organização, Kimberly Cheatle, acabou por se demitir devido a estes acontecimentos.

O seu substituto interino, Ronald Rowe, viajou para a Florida para continuar as investigações no local e, em princípio, ficará nesse estado “indefinidamente”, como explicou um porta-voz dos Serviços Secretos, Anthony Guglielmi.

Rowe planeia viajar até ao campo de golfe onde ocorreram os acontecimentos, sem ter para já marcado qualquer encontro com Trump, embora essa possibilidade esteja em aberto.