"Este incidente, o segundo deste tipo contra o TPI nos últimos anos, foi rapidamente identificado, confirmado e circunscrito graças aos mecanismos de alerta e resposta do Tribunal", de acordo com um comunicado.

Um porta-voz do TPI disse à agência de notícias France-Presse que não podia fornecer mais pormenores sobre quando ocorreu o incidente.

"Está em curso uma análise de impacto à escala do Tribunal e já estão a ser tomadas medidas para atenuar os efeitos", acrescentou o TPI.

Este tribunal tem sede em Haia, cidade que na semana passada acolheu numerosos chefes de Estado e de governo, incluindo o norte-americano, Donald Trump, para a cimeira da NATO.

O TPI já tinha sido alvo, em setembro de 2023, de um ciberataque que então qualificou como "sem precedentes». Suspeitou que o motivo deste último fosse espionagem, mas não deu mais pormenores.

O comunicado não dá qualquer informação sobre um potencial suspeito relacionado com o último ataque, mas o TPI está atualmente a tratar de vários casos muito mediáticos, como o do mandado de detenção contra o Presidente russo, Vladimir Putin, pela deportação de crianças da Ucrânia para a Rússia.

Também o ex-presidente das Filipinas Rodrigo Duterte está detido por este tribunal, aguardando um eventual julgamento por homicídios cometidos durante "a guerra" que desencadeou contra a droga.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusando-o de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na operação militar na Faixa de Gaza.

Esta decisão suscitou a indignação dos Estados Unidos, que decidiram impor sanções a altos responsáveis do TPI, incluindo quatro juízes e o procurador-geral Karim Khan.

O TPI processa indivíduos suspeitos dos crimes mais graves do mundo, nomeadamente crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídios.

 

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