A Ucrânia e a Rússia estavam hoje a proceder a uma troca de prisioneiros de guerra, disse um alto funcionário ucraniano à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

A mesma fonte, que pediu à AP para não ser identificada por não estar autorizada a falar publicamente, disse que a troca ainda não tinha sido concluída na altura do contacto.

A Rússia não confirmou imediatamente se a troca de prisioneiros estava a decorrer.

A Ucrânia e a Rússia concordaram trocar mil prisioneiros de cada lado há uma semana na Turquia, nas primeiras conversações diretas desde as primeiras semanas da invasão do país vizinho por Moscovo em 2022.

A reunião, em Istambul, durou apenas cerca de duas horas e não resultou em nenhum avanço nos esforços diplomáticos internacionais para um cessar-fogo.

A informação do funcionário ucraniano surgiu depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que a Rússia e a Ucrânia tinham realizado uma grande troca de prisioneiros.

"Uma grande troca de prisioneiros acabou de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia", disse Trump na plataforma social de que é dono.

Trump disse que a troca "entrará em vigor em breve", embora não tenha ficado claro o que isso significa.

"Isso pode levar a algo grande?", acrescentou Trump, aparentemente referindo-se aos esforços diplomáticos internacionais para acabar com os combates.

Os funcionários da Casa Branca (Presidência norte-americana) e do Conselho de Segurança Nacional não responderam de imediato a pedidos de mais pormenores.

Após as conversações da semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, considerou a troca de prisioneiros uma "medida de confiança" e afirmou que as partes tinham concordado, em princípio, em reunir-se novamente.

Mas a reunião revelou que as partes continuavam claramente distantes no que respeita às condições essenciais para pôr termo ao conflito.