Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio Kaiserstein, em Praga, durante um encontro com representantes da comunidade portuguesa na República Checa, onde chegou hoje e ficará até quinta-feira, para uma visita oficial, a convite do Presidente checo, Petr Pavel.

Segundo o chefe de Estado, esta visita -- como outras que tem previstas para março à Estónia e à Eslovénia -- "tem um significado especial" porque acontece num "momento muito sensível para o mundo e para a Europa, e em particular para a segurança no continente europeu".

"Claro que tudo o que acontecer em qualquer ponto da Europa diz respeito a todos os europeus", afirmou, referindo que esta é também a posição do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do seu antecessor e atual presidente do Conselho Europeu, António Costa.

"As nossas fronteiras são as fronteiras dos nossos parceiros e irmãos europeus. O que os preocupa preocupa-nos a nós. Não é o facto de estarmos mais longe ou estarmos mais perto que tira significado à solidariedade a todos os níveis", acrescentou.

Para o Presidente da República, esta visita oficial à República Checa será uma oportunidade para analisar o momento que a Europa atravessa "juntando pontos de vista diversos, de uma perspetiva mais regional, num caso, numa perspetiva mais universal, do outro".

A República Checa, membro da NATO desde 1999 e da União Europeia desde 2004, tem como Presidente Petr Pavel, general na reserva, que presidiu ao Comité Militar da NATO entre 2015 e 2018 e antes, entre 2012 e 2015, foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Checas.

*** Inês Escobar de Lima (texto) e José Sena Goulão (fotos), enviados da agência Lusa ***

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