O Supremo Tribunal dos Estados Unidos acaba de restringir os poderes dos juízes no país, de modo a não poderem desafiar as ordens dadas pelo presidente. A decisão surge numa altura em que Donald Trump lutava com os tribunais pela suspensão parcial do direito à cidadania por nascimento.

A decisão do Supremo Tribunal vem limitar o poder dos tribunais para bloquearem ordens executivas. Para a aprovação da decisão, contaram os seis votos a favor de juízes conservadores e três votos contra de juízes progressistas.

A decisão entra em vigor dentro de um mês, quando os juízes deixarão de ter autoridade para contrariar as medidas de Trump, que se queixava de estarem a ser criados obstáculos à agenda política que queria levar a cabo.

Os críticos apontam que esta decisão ignora se as ordens dadas pelo presidente são constitucionais ou não.

"Esta manhã, o Supremo Tribunal deu uma vitória monumental à Constituição", escreveu Donald Trump , numa publicação na rede social que detém, a Truth Social.

Em conferência de imprensa, o presidente norte-americano veio falar numa “vitória gigantesca” e afirmou que se tratava de “um dia muito importante” para o país.

"Com esta decisão, podemos agora recorrer à justiça para fazer avançar muitas medidas que foram indevidamente bloqueadas a nível nacional", anunciou Trum p .

Contudo, o Supremo Tribunal não se pronunciou especificamente sobre as mudanças que Donald Trump quer aplicar à cidadania por direito de nascimento.

O objetivo do presidente norte-americano é terminar com a atribuição automática de cidadania a bebés nascidos nos Estados Unidos da América e que sejam filhos de pais estrangeiros sem autorização de residência permanente no país.

Até aqui, um bebé ganhava automaticamente nacionalidade norte-americana, se nascesse nos Estados Unidos, mesmo que a mãe estivesse ilegalmente no país.