É com sabor agridoce que Portugal se despede do Women's EHF Euro 2024. Depois de duas derrotas em dois jogos realizados, diante de Espanha e Polónia, as comandadas de José António Silva vão disputar a última partida desta competição diante de França (atual campeã mundial), conjunto que só sabe vencer nesta prova e que planeia manter esse registo até ao fim.

Escolhemos a palavra «agridoce» tendo em conta as exibições e os resultados em território helvético. As Lusitanas, pese embora os desfechos alcançados nestes dois encontros, demonstraram a evolução dos últimos anos e estiveram a um bom nível, sendo que os pequenos detalhes acabaram por fazer a diferença, levando à consequente eliminação.

Quem viu as partidas percebe esta narrativa. O jogo contra a turma polaca, aliás, foi disputado praticamente até ao último segundo, mas a sorte não sorriu ao conjunto português, que evidenciou qualidade nos dois lados da quadra, permitindo disputar os duelos olhos nos olhos, pese embora o favoritismo contrário.

Agora, o adeus. Portugal e França entram em ação esta segunda-feira, às 19h30, para fechar a fase de grupos. As gaulesas já sabem que vão prosseguir na prova e, portanto, este embate permitirá descansar algumas jogadoras mais importantes, sem nunca esquecer o principal objetivo: a vitória. Se tudo correr normalmente, as francesas chegarão aos jogos decisivos da prova, depois de terem ficado no quarto lugar em 2022.

José António Silva em discurso direto

Próximo adversário: «Nos dois jogos anteriores defrontámos equipas com recursos, historial e experiência internacional muito distintas da nossa. Estas questões são ainda mais evidentes quando abordamos o próximo encontro que disputaremos contra a campeã França. Como é conhecimento de todos trata-se de uma equipa fortíssima, atual campeã do Mundo e vice-campeã olímpica, pelo que a nossa tarefa é muito complicada.»

Principais armas contrárias: «Estamos focados na resolução dos problemas que temos sentido, que decorrem provavelmente da nossa falta de competição com este nível de oposição, e por isso mesmo temos de ser ainda mais competentes e rigorosos na abordagem a algumas fases de jogo em que temos sido pouco eficazes. Será um jogo em que temos de ser muito fortes na recuperação defensiva e no nosso processo ofensivo, já que as transições ofensivas por parte do nosso adversário são uma arma poderosíssima.»