A atravessar a pior fase da temporada, sem conhecer o sabor da vitória há mais de dois meses, o Moreirense desloca-se ao Estádio da Luz este sábado com o objetivo de dar um pontapé na crise. Na antevisão ao duelo com o Benfica, relativo à 21.ª jornada da Liga, César Peixoto lembrou o jogo da última jornada, frente ao SC Braga (1-2), para vincar que tem faltado sorte à sua equipa.
«É mais um jogo de grau de dificuldade grande. Temos dado boa resposta, infelizmente não fomos felizes no jogo contra o SC Braga, o empate teria sido um resultado justo. Ir jogar numa casa de um grande como o Benfica, no momento em que está, é preciso uma pontinha de sorte para vencermos. Do outro lado vai estar uma equipa com muita capacidade, mas nós também sabemos o que fazemos, o que trabalhamos, a equipa que temos e vamos lá para competir. A verdade é que a sorte não nos tem sorrido. Aqui ou ali temos falhado em alguns aspetos, com alguns erros individuais que nos têm criado aqui alguma mossa. Queremos garantir os objetivos do clube o mais rapidamente possível. Passa por este jogo e ir lá tentar trazer qualquer coisa, sendo uma equipa que não vai fugir ao nosso ADN, organizada, agressiva, humilde, intensa, que vai tentar aproveitar os poucos espaços que o Benfica pode conceder», frisou o treinador dos minhotos.
A partida da primeira volta, na qual os cónegos empataram (1-1) com os encarnados ainda orientados por Roger Schmidt, nada tem que ver com o desafio na Luz: «[Benfica] tem jogadores diferentes, um treinador diferente, é num estádio diferente também. Para nós em casa é sempre melhor. O grau de dificuldade é grande. É um Benfica que tem estado bem, que tem qualidade individual e coletiva, que em casa tem sido sempre muito forte. Sabemos que vamos encontrar muitas dificuldades, mas também não podemos ser humildes demais. Temos que acreditar no processo, no trabalho, nos nossos jogadores, e tentar competir até ao final.»
Apesar de viver um período difícil, a equipa tem dado uma boa resposta, salienta César Peixoto: «Trabalhar sobre vitórias é sempre mais fácil, mas a verdade é que a equipa tem dado uma resposta positiva, tem sido sempre muito combativa. É natural que a confiança não seja a melhor, mas a resposta que a equipa, sobretudo nestas últimas duas semanas, tem dado enquanto grupo, tem sido muito forte.»
Questionado sobre eventuais mudanças no onze benfiquista, o treinador dos minhotos sublinhou que o mais importante é analisar a forma de jogar da turma de Bruno Lage: «Felizmente fui jogador do Benfica. Se há problema que o Bruno Lage não vai ter é tirar um e meter outro, a qualidade vai existir na mesma. Tem várias opções no plantel. Claro que características diferentes acabam por dar coisas diferentes ao jogo, mas o importante é o padrão da equipa, que nós sabemos, conhecemos e estudamos, analisámos e mostrámos aos jogadores. São jogadores conhecidos deste contexto aqui, quase todos, menos o Belotti, mas é um jogador conhecido cujas características também conseguimos perceber perfeitamente. O importante é o coletivo do Benfica, o facto de o Benfica ser uma equipa ofensiva, uma equipa grande, com muita qualidade individual, que a qualquer momento pode resolver. Isso é que me importa controlar. Se joga o A, B ou C, acaba por ser igual. Se for por números, se calhar o Di María é uma baixa muito forte, tem muitos golos e assistências.»