Cinco pessoas ficaram feridas e 62 foram detidas, na sequência dos confrontos após o jogo da Liga Europa entre os holandeses do Ajax e os israelitas do Maccabi Tel Aviv, informou esta sexta-feira a polícia de Amesterdão.

"Até este momento, sabemos que cinco pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar e que 62 pessoas foram detidas", indicou a polícia daquela cidade holandesa, palco do encontro disputado na quinta-feira, que o Ajax venceu por 5-0.

Os confrontos ocorreram no centro de Amesterdão e motivaram o anúncio do envio de dois aviões por parte das autoridades israelitas, o primeiro dos quais já partiu ao aeroporto Ben Gurion, com vista a repatriar os adeptos que se deslocaram à Holanda.

A polícia protegeu e escoltou os adeptos israelitas de volta ao hotel, de acordo com imagens partilhadas pela AT5.

Citada pela agência de notícias da Holanda ANP, a polícia afirmou ter efetuado 57 detenções durante o dia.

Na quinta-feira, a polícia disse, na rede social X, estar "particularmente vigilante", depois de ter relatado vários incidentes, incluindo uma bandeira palestiniana arrancada de uma fachada "por pessoas desconhecidas".

Durante a tarde, cerca de uma centena de apoiantes israelitas reuniu-se na praça Dam - rodeados por forte presença policial - antes de se dirigir para o estádio Johan Cruyff, no sudoeste de Amesterdão.

Uma manifestação pró-palestiniana, a condenar a visita do clube israelita, estava inicialmente prevista para as imediações do estádio, mas foi transferida pela câmara municipal de Amesterdão para uma localização mais afastada, por razões de segurança.

Perante os episódios de violência em Amesterdão e a possibilidade deslocalizar o jogo entre França e Israel, marcado para 14 de novembro, em Paris, o ministro do Interior francês já advertiu que não aceitará a mudança do local da partida da Liga das Nações.

"Algumas pessoas estão a pedir a deslocalização do jogo França-Israel. Não aceito isso: a França não recua e isso seria equivalente a capitular perante as ameaças de violência e o antissemitismo", avisou Bruno Retailleau, em mensagem publicada na rede social X.