Rali de Portugal: Itinerário provoca Controvérsia entre os Pilotos do WRC

O itinerário do Rali de Portugal gerou uma tempestade de debate entre os pilotos do WRC, com preocupações sobre o calendário extenuante e a falta de tempo para descanso e refeições. O segundo dia do rali, caracterizado por dez etapas cobrindo 91 milhas competitivas num impressionante intervalo de 16 horas, levantou sobrancelhas e atraiu críticas da comunidade de corridas.

A adição de uma zona de serviço remota, em vez de uma zona de montagem de pneus dos anos anteriores, juntamente com um loop extra com duas novas etapas, levou os pilotos ao limite. O líder do campeonato mundial, Elfyn Evans, expressou o seu desconforto, afirmando: “O calendário está definitivamente do lado extremo. A duração dos dias é aceitável, mas as noites curtas, juntamente com isso, tornam-se difíceis até chegarmos a domingo.”

Pilotos como Kalle Rovanperä e Sébastien Ogier ecoaram esses sentimentos, destacando os desafios dos tempos de pausa limitados e o impacto que isso tem no seu desempenho. Apesar das preocupações levantadas pelos pilotos, os organizadores ainda não abordaram estas questões, deixando muitos a sentir-se frustrados e ignorados.

O diretor da M-Sport, Richard Millener, enfatizou a pressão desnecessária imposta pelo itinerário, criticando particularmente as zonas de montagem de pneus à noite e as exigências excessivas que coloca sobre as equipas. Embora reconheça o valor de um bom desafio, Millener sublinhou a importância de encontrar um equilíbrio entre a dificuldade e a viabilidade nos calendários dos ralis.

À medida que o debate continua na comunidade do WRC, o foco permanece na resistência física e mental necessária para navegar pelo exigente itinerário do Rali de Portugal. Com os pilotos a esforçarem-se ao máximo, o verdadeiro teste de habilidade e resiliência desenrola-se no traiçoeiro terreno português.