
Em dia de história, o Feirense foi letal no ataque, aguentou-se com unhas e dentes depois de uma expulsão madrugadora no arranque da 2ª parte e acabou mesmo por vencer o Paços de Ferreira por 1-2, somando a sua 3ª vitória consecutiva.
O jogo era histórico, com Catarina Campos a ser a primeira mulher a ser a árbitra principal de um jogo profissional em Portugal, tendo direito à devida homenagem antes do arranque do jogo. Dentro das quatro linhas, acompanhado por uma grande moldura humana nas bancadas, o Paços entrou bem e foi sendo dinâmica e vertical na frente, chamando ao jogo os seus extremos e criando algumas chances junto da baliza de Cañizares.
Contudo, o Feirense foi-se mostrando organizado defensivamente, ambicioso com bola e acabou a marcar aos 19': Washington cruzou tenso na direita e Leandro Antunes surgiu ao segundo poste, com pouco ângulo, a rematar de primeira, com o pé direito, para o 0-1. O Paços até reagiu bem e continuou ambicioso com bola, num ritmo alto e tentando adicionar os laterais ao processo ofensivo, mas acabou por ser ineficaz e, aos 41', o Feirense ampliou, por Banjaqui, após uma má abordagem de Ícaro, que, de cabeça, isolou o adversário na cara de Marafona.
O Paços precisava de muito mais na 2ª parte. O Feirense até entrou bem, mas logo aos 54' o jogo mudou: Washington impediu uma oportunidade clara de golo de Ícaro, na sequência de um livre, e, após revisão VAR, foi assinalado penálti, convertido com sucesso por Rui Fonte, e expulso o defesa do Feirense. O jogo estava relançado, com muito tempo por jogar.
Vítor Martins reequilibrou a equipa, perdendo algum fulgor ofensivo, enquanto Carlos Fangueiro foi colocando a «carne toda no assador», com o passar dos minutos, fazendo entrar Marozau, Lumungo, Welton e André Liberal. Foi meia hora de claro domínio pacense, onde os castores tentaram de todas as formas chegar ao empate, mas acabaram por esbarrar sempre no jovem guardião Lucas Cañizares e o Feirense acabou mesmo por vencer por 1-2, somando a 3ª vitória seguida.
Nota, no entanto, infeliz, para uma confusão enorme que se sucedeu pós apito final, por alegadas provocações de parte a parte, que resultaram em trocas de palavras acesas e físicas e algumas expulsões, manchando um dia histórico para a arbitragem portuguesa.