O novo treinador do V. Guimarães, Daniel Sousa, já abordou o encontro com o Farense, da 16.ª jornada da Liga. O jogo terá lugar este domingo, pelas 15h30, no Estádio São Luís, em Faro.

Começou a trabalhar na passada quinta-feira, como sentiu o grupo nestes primeiros dias? A equipa está preparada para vencer em Faro? "A receção do grupo foi ótima não só à equipa técnica mas também em termos de resposta às novas metodologias. A aplicação foi excelente. Foram três dias típicos, de preparação, temos de ter cautelas com a adaptação à metodologia porque há sempre diferenças. É sempre preciso ter cautela como que se faz para não se sobrecarregar os jogadores. Estamos preparados dentro do que tem sido feito nos jogos anteriores porque não dá para mudar muita coisas em três dias. No entanto, desejamos acrescentar e mostrar algumas coisas daquilo que nos vai carateriza daqui para a frente".

Que dificuldades espera no jogo com o Farense? "É uma equipa que nos últimos seis jogos pontuou em quatro e que venceu fora o último jogo. Independentemente da posição na tabela estão a fazer uma série regular, em termos motivacionais isso vai mexer e criar dificuldades extra. Em termos de jogo, joga com uma estrutura de cinco que por vezes joga mais baixa, que pode dificultar os caminhos para a baliza. Seguramente vamos procurar os caminhos para a baliza que indicamos".

Nos últimos anos trabalhou com o sistema 4x2x3x1e 4x3x3, precisamente como joga o Vitória. Isso pode facilitar a adaptação? "Ainda que nas últimas duas equipas em que trabalhei haja um padrão, seja com o 4x2x3x1, 4x3x3 ou 4x4x2, há sempre muitas nuances que se podem explorar. O mais importante é que os jogadores se sintam confortáveis a jogar. Dentro dos sistemas há posições em que os jogadores se sentem mais confortáveis e a nossa tarefa passa por procurar esse equilíbrio".

Em que incidirá a prioridade do seu trabalho com o plantel? "Fizemos a nossa análise em função do que o Vitória tem feito, principalmente do último jogo, que teve coisas muito interessantes do ponto de vista ofensivo e defensivo. O nosso caminho vai sendo progressivo, definimos prioridades em termos de progressão da equipa. Querer introduzir tudo num curto ciclo acaba por ser difícil, mas vamos tentar apresentar uma equipa compacta e coesa. A coesão tem a ver com o estar juntos, pressionar, ser agressiva é uma imagem que se adequa ao que é o Vitória. Não peço nada aos jogadores que não sei que eles não tenham feito ou que não sejam capazes de fazer".

No próximo ciclo o Vitória terá jogos de semana a semana depois da presença nas competições europeias. Que impacto pode ter? "É bom tendo em conta a mudança que existiu. É importante haver estas semanas relativamente longas, com micro ciclos normais. Vai permitir-nos trabalhar com maior serenidade por causa das cargas. Temos mais tempo para preparar o processo de treino e para treinar".

Na época passada pegou no Arouca e fez 40 pontos em 23 jornadas. Que registo tenciona alcançar no Vitória? "Penso sempre no jogo a jogo. Vão ouvir-me dizer muitas vezes que o jogo é o momento mais importante da semana, é o momento de avaliação do que se faz na semana, em que quero aferir a qualidade do meu trabalho. Tenho de avaliar o jogo desse ponto de vista. Para mim o jogo a jogo é importante para aferir conteúdos. A exigência deste clube passa por ganhar todos os jogos que temos pela frente e é essa a postura que vamos ter em todos os jogos".