Temos um novo nome para o vasto leque de treinadores que tiveram a oportunidade de treinar os dois emblemas mais imponentes do Minho. Foram 17 os técnicos principais que deram indicações no banco do SC Braga e do Vitória SC.
Depois de uma temporada louvável ao leme do FC Arouca, Daniel Sousa foi contemplado com um bilhete dourado para o banco dos arsenalistas. Contudo, as quatro aparições oficiais do treinador oriundo de Barcelos não trouxeram os resultados que o presidente António Salvador tanto ambicionava. Porém, os conquistadores, confiantes no seu trabalho, estenderam agora a mão ao técnico de 40 anos.
O pergaminho também se escreve em espanhol
Fernando Vaz foi o primeiro líder a comandar os soldados bracarenses e vimaranenses. Numa primeira instância, o treinador luso-angolano levou os Guerreiros do Minho ao quinto posto da tabela classificativa, na temporada 1953/54. Duas épocas depois, ficou responsável por guiar os vitorianos ao primeiro escalão do futebol português, mas caiu perante o Olhanense, na Liguilha.
Mário Imbelloni foi o segundo a concluir esta façanha, sendo, então, o primeiro estrangeiro a assumir as duas prestigiantes funções. Destaque para o trabalho do argentino na equipa que veste de vermelho, não pelas boas causas: na época 1955/56, o SC Braga não alcançou os pontos suficientes para a manutenção no principal pedestal.
Mariano Amaro, José Valle, Fernando Caiado e Artur Quaresma foram os comandantes que se seguiram, antes de Quinito, figura incontornável do paradigma nacional, subir ao palco. Depois de colocar um ponto final na sua carreira como jogador nos arsenalistas, o ícone assumiu o quadro técnico em três temporadas distintas, com o melhor resultado a remontar à quarta posição, em 1983/84. No Vitória SC, a paragem mais preenchida ocorreu em 1994/95, com o emblema de Guimarães a ocupar os lugares cimeiros.
Juca, Manuel José, o mítico António Oliveira e o eterno Vítor Oliveira, o Rei das Subidas, fazem parte da restrita lista, bem como Manuel Cajuda, o primeiro protagonista a ser inserido no boletim no século XXI. Também Manuel Machado, no início de uma trajetória vasta, disputou algumas partidas na Cidade Berço, antes de rumar ao Fafe. Em 2007/08, foi a vez dos Guerreiros do Minho serem a matéria-prima do treinador de Oliveira, mas os resultados não foram de encontro com as expectativas, algo que originou uma demissão precoce.
Nomes sonantes guardados para mais tarde
Caminhamos a passos largos para o término das menções. No entanto, ainda sobram nomes com uma craveira superlativa. Jorge Jesus, após a estadia no Belenenses, assinou com o SC Braga em 2008/09. A verdade é que o líder lusitano deixou a sua marca num curto espaço de tempo, erguendo a UEFA Intertoto Cup, o único troféu internacional que os arsenalistas têm exposto, até ao momento, no seu museu. De realçar que anteriormente, Jesus não havia deixado saudades aos simpatizantes vimaranenses, fruto do mau desempenho em 2003/04.
Sérgio Conceição seguiu a mesma toada, tendo sido mais feliz em Braga. O mister, que viria a escrever páginas bonitas pelo FC Porto, alcançou a final da Taça de Portugal na época 2014/25, mas caiu perante o Sporting na ingrata decisão por grandes penalidades. Depois da desilusão, fez as malas e deslocou-se ao clube rival. Os condimentos estavam reunidos para uma campanha repleta de sucesso, mas as escassas oito vitórias não acompanharam as previsões.
José Peseiro era (até esta quinta-feira) o último rei da dinastia, entrando para os pergaminhos históricos em fevereiro de 2018. Se alguns criaram furor, outros ficaram longe de convencer em ambas as formações. Veremos se Daniel Sousa consegue apagar a imagem menos conseguida associada ao último destino. Uma chance para fazer diferente.